quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Burrhus Frederic Skinner


Hoje conheceremos Burrhus Frederic Skinner um dos maiores ciêntistas da Psicologia moderna Nascido em uma família presbiteriana, teve uma infância bem tradicional.
(Susquehanna, Pensilvânia, 20 de Março de 1904Cambridge, 18 de Agosto de 1990) foi um autor e psicólogo estadunidense. Conduziu trabalhos pioneiros em psicologia experimental e foi o propositor do Behaviorismo Radical, abordagem que busca entender o comportamento em função das inter-relações entre a filogenética, o ambiente (cultura) e a história de vida do indivíduo. A base do trabalho de Skinner refere-se a compreensão do comportamento humano através do comportamento operante (Skinner dizia que o seu interesse era em compreender o comportamento humano e não manipulá-lo).
O trabalho de skinner é o complemento, e o coroamento de uma escola psicológica. Skinner adotava práticas experimentais derivadas de física e outras ciências.
Outros importantes estudos do autor referem-se ao comportamento verbal humano e a aprendizagem.

Ele se formou em inglês, recebeu a chave simbólica da Phi Beta Kappa e manifestou o desejo de tornar-se escritor. Quando criança, tinha escrito poemas e histórias, e, em 1925, num curso de verão sobre redação, o poeta Robert Frost fizera comentários favoráveis sobre seu trabalho.
Durante dois anos depois da formatura, Skinner dedicou-se a escrever. Passou um ano no Greenwich Village, mas acabou se desiludindo com sua falta de habilidade literária. Concluiu que tinha poucas experiências e que lhe faltava uma perspectiva pessoal para escrever.
Essa falta de sucesso como escritor o deixou tão desesperado que pensou em consultar um psiquiatra. Considerou-se um fracasso e estava com sua auto-estima abalada. Também estava desapontado no amor; ao menos uma meia dúzia de jovens havia rejeitado suas investidas, deixando-o com o que ele descreveu como intensa dor física. Skinner ficou tão perturbado que gravou a inicial do nome de uma mulher no braço, onde permaneceu durante anos.
Depois de ler sobre John B. Watson e Ivan Pavlov, decidiu transferir seu interesse literário pelas pessoas para um interesse mais científico. Em 1928, inscreveu-se na pós-graduação de psicologia em Harvard, embora nunca tivesse estudado psicologia antes. Foi para a pós-graduação, disse ele, "não porque fosse um adepto totalmente comprometido da psicologia, mas para fugir de uma alternativa intolerável". Comprometido ou não, doutorou-se três anos mais tarde. Seu tema de dissertação dá um primeiro vislumbre da posição a que ele iria aderir por toda a sua carreira. Sua principal proposição era de que um reflexo não é senão a correlação entre um estímulo e uma resposta. Concluiu o mestrado em 1930 e o doutorado em 1931.
Depois de vários pós-doutorados, Skinner foi dar aulas na Universidade de Minnesota (1936–45), nessa época casou-se com Yvonne Blue, com quem teve dois filhos, e na Universidade de Indiana (1945–47). Em 1947, voltou a Harvard. Seu livro de 1938, "O Comportamento dos Organismos", descreve os pontos essenciais de seu sistema inicial. Seu livro de 1953, "Ciência e Comportamento Humano", é tido como um manual básico da sua psicologia comportamentalista.Skinner manteve-se produtivo até a morte, aos oitenta e seis anos, trabalhando até o fim com a mesma determinação com que começara uns sessenta anos antes. Em seus últimos anos de vida, ele construiu, no porão de sua casa, sua própria "caixa de Skinner" – um ambiente controlado que propiciava reforço positivo. Ele dormia ali num tanque plástico amarelo, de tamanho apenas suficiente para conter um colchão, algumas prateleiras de livros e um pequeno televisor. Ia dormir toda noite às dez, acordava três horas depois, trabalhava por uma hora, dormia mais três horas e despertava às cinco da manhã para trabalhar mais três horas. Então, ia para o gabinete da universidade para trabalhar mais, e toda tarde retemperava as forças ouvindo música.
Aos sessenta e oito anos, escreveu um artigo intitulado "Auto-Administração Intelectual na Velhice", citando suas próprias experiências como estudo de caso. Ele mostrava que é necessário que o cérebro trabalhe menos horas a cada dia, com períodos de descanso entre picos de esforço, para a pessoa lidar com a memória que começa a falhar e com a redução das capacidades intelectuais na velhice. Doente terminal com leucemia, apresentou uma comunicação na convenção de 1990 da APA, em Boston, apenas oito dias antes de morrer; nela, ele atacava a psicologia cognitiva.
Sem nenhuma dúvida, Skinner foi um dos mais influentes psicólogos do século XX, ou seja, da psicologia científica moderna. Estabeleceu as bases metodológicas para o estudo científico do comportamento de organismos não humanos, em laboratório, sem perder de vista o comportamento humano, seja ele simples ou complexo, do indivíduo só ou em grupo, enfim, de todas as possibilidades da ação humana. Skinner desenvolveu também instrumentos básicos para o estudo sistemático das relações comportamentais do organismo com o seu meio ambiente. Nesse sentido, uma metodologia foi desenvolvida e denominada de Análise Experimental do Comportamento. O ambiente experimental para as pesquisas de laboratório foi por ele, habilidosamente, construído e denominado de câmara de condicionamento operante (também conhecida por caixa de Skinner). Do instrumental criado e construído por Skinner, o mais genial, além da câmara operante, foi o registro cumulativo (cumulative recorder), que permite um registro minucioso do comportamento em tempo real, que pode ser mensurado pela taxa de respostas. O modelo experimental de Skinner foi inovador em vários aspectos aos até então utilizados pela psicologia experimental. Skinner introduziu a análise do sujeito como seu próprio controle; as contingências de reforço, como instrumentos de análise funcional das relações comportamentais com o meio ambiente e a taxa de respostas como uma medida comportamental importante. Tratou o comportamento como um evento natural, com regularidade e passível de ser estudado cientificamente e, com seu modelo de ciência, estudou o comportamento dos organismos, preocupado principalmente com o comportamento humano, interessado em identificar as variáveis das quais o comportamento é função.
A ciência do comportamento que Skinner propôs não estaria completa se não tivesse uma base filosófica. Para tanto, ele sistematizou as bases epistemológicas e filosóficas dessa ciência sob a denominação de Behaviorismo Radical, que está, principalmente, apresentada no livro About Behaviorism, publicado em 1974. 
Em seu primeiro livro, The Behavior of Organisms - An Experimental Analysis, Skinner claramente distingue o comportamento operante do comportamento respondente, a partir das variáveis controladoras envolvidas nessas duas relações comportamentais e, a partir de então, ele enfatiza as relações funcionais operantes, as quais estão sob o controle das contingências de reforçamento, enquanto as relações funcionais respondentes estão sob o controle de estímulos eliciadores. The Behavior of Organisms foi o primeiro livro utilizado para ensinar os princípios da ciência do comportamento tanto em Minnesota, por Skinner como em Columbia (Columbia University) por Fred Keller e William Schoenfeld. Um livro texto mais didático tornou-se necessário para o ensino da análise do comportamento, e assim nasceu o Principles of Psychology – A Systematic Text in the Science of Behavior, publicado em 1950, por Keller e Schoenfeld, hoje um clássico da Análise do Comportamento. Em 1953, Skinner também publica um livro texto para ser utilizado em disciplina que deveria atender a estudantes de vários cursos na universidade em Harvard, trata-se de Science and Human Behavior, que em 2003 mereceu uma seção comemorativa do cinqüentenário de publicação, no Journal of the Experimental Analysis of Behavior. O livro Science and Human Behavior tem duas partes, uma dedicada à ciência do comportamento humano, com questões filosóficas, metodológicas e conceituais e outra parte dedicada às questões sociais, as agências controladoras de comportamento, como por exemplo, o estado, a igreja, a psicoterapia. Neste livro, Skinner nos mostra a extensão da análise do comportamento às questões complexas do comportamento humano. O conhecimento das variáveis controladoras do comportamento, ou seja, das contingências de reforçamento, nos permite controlar e predizer o comportamento, possibilitando o desenvolvimento de tecnologias comportamentais para estabelecer novas contingências comportamentais em diversos contextos da vida cotidiana.
Skinner foi um cientista que se ocupou de fazer análise funcional do seu comportamento de pesquisar, tornando-se ele próprio sujeito de suas análises, como também, demonstrou que a análise experimental do comportamento versa sobre o comportamento humano. Um exemplo sistemático dessa análise encontra-se no Verbal Behavior. E como cientista, Skinner se preocupou com todos os aspectos que um bom cientista deve se concentrar: produção e divulgação de conhecimento e formação de pesquisadores; empreendimentos científicos, como organização de periódicos, sociedades e entidades científicas; e foi parcimonioso e rigoroso com o método, com os princípios básicos e com a filosofia da ciência que propôs para estudar e compreender o comportamento humano. Foi inovador e muito contribuiu para a Ciência, defendendo a extensão dos métodos científicos ao campo do comportamento humano, que muitas vezes lhe fora negado, devido às práticas seculares de explicação explanatórias e fictícias, desprovidas de características científicas e lógicas. Skinner foi contundente em se opor ao emprego de entidades mentais como variáveis explicativas do comportamento; ao contrário, defendeu que os comportamentos privados, como por exemplo, pensamento, conhecimento, emoções, devessem ser estudados à luz da ciência do comportamento, a partir de uma análise funcional, a qual permite identificar as variáveis das quais esses tipos de comportamento são função e, este procedimento não é diferente do procedimento utilizado para investigar qualquer tipo de relação comportamental que envolva um tipo de comportamento público.
A imensa contribuição de B. F. Skinner à Ciência em Geral, à Psicologia, aos Educadores, à Sociedade e à Cultura é notória e inquestionável. O legado que Skinner nos deixou é notável. A sua profícua obra, de 1930 até 1990 (ano de sua morte), ou seja, 60 anos de produção científica contínua, engloba centenas de de artigos e vários livros publicados e ainda, palestras, conferências, aulas, seminários, formação de pesquisadores, entrevistas, anos de pesquisas em laboratórios, durante os sete dias da semana. Esse legado que herdamos muito tem a contribuir para o desenvolvimento da ciência do comportamento, que tem demonstrado ser um caminho para permitir um futuro melhor do mundo e da humanidade. A ciência do comportamento humano, no modelo de Skinner não é uma ficção aos moldes de Walden II e sim um conjunto de regras e de instrumentos conceituais que permitem mudanças no ambiente e conseqüentemente mudanças no comportamento, a partir de descrições cada vez mais precisas do complexo comportamento humano. Após Skinner, os objetivos da ciência – previsão e controle –, tornaram-se possíveis e realidade aos diversos campos da ação humana.
 fonte:
http://pt.wikipedia.org
http://www.scielo.br/

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