quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Gênios do Xadrez

É fundamental que para se jogar bem xadrez o enxadrista tenha um minimo de conhecimento teórico de aberturas,final e meio jogo!O xadrez atual esta repleto de variações taticas,estrategicas,psicologicas..etc..etc... e finda em planar em todas ás épocas desdo primeiro arquivo teorico!ou seja tudo esta sendo aproveitado pelos enxadristas atuais,sendo dessa forma conhecer o estilo de seu mestre favorito também é valido,póis saber qual abertura ele emprega contra determinada defesa nos leva a ter uma idéia de como seguir o presente jogo...sendo assim  apresentarei uma série de biografias dos mais renomados mestres de xadrez de todos os tempos. O primeiro é o
Enxadrista Russo,  Alexander Alexandrovich Aljechin



, nasceu a 31 de Outubro de 1892, em Moscovo e Campeão Mundial de 1927 a 1935 e 1937 a 1946. Oriundo de uma família aristocrática, mas propensa ao consumo excessivo de álcool, era filho de um membro da Duma, marechal da nobreza, e da herdeira de uma fortuna industrial.
Aprendeu a jogar xadrez com a sua mãe quando era ainda uma criança. Por volta de 1901, com apenas nove anos de idade, era capaz de jogar de olhos vendados, indicando as coordenadas ao adversário. Em 1904 começou a jogar partidas por correspondência. Em 1908 ingressou no Instituto Superior de Direito de Moscovo, onde pôde continuar a sua grande paixão. Disputou nesse mesmo ano um match com o mestre russo Benjamin Blumenfeld, obtendo sete vitórias em dez partidas. No ano de 1909, em São Petersburgo, alcançou ele próprio o título do torneio amador de xadrez.( My Best games of chess 1908-1937-dover publicações)
O ano de 1913 foi importante para Alekhine. Após ter empatado junto á  Aron Nimzovitch o torneio de mestres em São Petersburgo, alcançou a terceira posição no Torneio Internacional de São Petersburgo em 1914, logo a seguir a José Raul Capablanca e Emanuel Lasker, respectivamente campeão e vice-campeão do mundo. O czar Nicolau II conferiu o título de Grande-Mestre de Xadrez aos cinco primeiros qualificados.
Mudando a grafia do seu nome para 'Alekhine', foi amadurecendo a ideia de defrontar Capablanca num torneio, o que significava que, em caso de vitória, tomaria ele próprio o título.
Viu, não obstante, a sua carreira interrompida em 1914 quando, durante a participação num torneio internacional em Mannheim, deflagrou a Primeira Guerra Mundial. Alistou-se então no Exército Branco, com quem servia em Odessa na altura em que irrompeu a Revolução Russa. Tomando a cidade, os bolcheviques capturaram-no, mas pronunciou-se leal e dedicado revolucionário, na tentativa de escapar à morte. Forçado a colaborar como espião para os revolucionários, de novo se considerou fiel e devoto monárquico quando o Exército Branco reconquistou Odessa. Passou então a fornecer serviços de contra-espionagem às tropas do czar.
Com a implantação do regime comunista na Russia, Alekhine  abandonou o país. Depois de  ter sagrado-se  campeão nacional no primeiro torneio da União Soviética, casou com uma estrangeira, o que lhe garantiu uma permissão para viajar, abandonando a esposa e o filho logo que atravessou a fronteira.
Em 1927, após vários torneios em que Capablanca saiu vencedor por uma pequena margem de vitórias, Alekhine achou-se finalmente preparado para defrontar o campeão do mundo . Depositando dez mil dólares em ouro na bolsa, Alekhine conseguiu fazer com que Capablanca aceitasse o desafio.
Jogado em Buenos Aires, o torneio decorreu de 16 a 29 de Setembro de 1927. Durante a competição, levada a cabo à porta fechada e sem a presença de espectadores ou fotógrafos, Alekhine teve que extrair seis dentes, o que não o impediu de vencer o repto, com um total de seis vitórias, vinte e cinco empates e três derrotas.
Alekhine tornou-se assim o quarto campeão mundial oficial de xadrez. Durante alguns anos, Capablanca, querendo reaver o título, desafiou o novo campeão, mas este conseguiu esquivar-se à desforra ao exigir que o cubano procedesse a um depósito de dez mil dólares, ou seja, nas mesmas condições que Capablanca havia exigido. Não obstante, a queda da bolsa de Wall Street e a grande depressão económica que se seguiu, tornaram difícil a angariação de patrocinadores, pelo que passariam anos até que se defrontassem.
Em 1930 passou a jogar pela França, obtendo resultados brilhantes em vários torneios e digressões internacionais. Em 1925 havia batido o recorde mundial, ao disputar vinte e oito partidas simultaneamente e de olhos vendados, perdendo apenas três e empatando outras tantas. Em 1933 superou-se na Feira Mundial de Chicago, ao jogar trinta e duas partidas simultâneas durante cerca de dez horas.
Perdeu o título em 1935, em favor do holandês Max Euwe, em Zandvort e, no ano seguinte, ficou em sexto lugar no Torneio de Nottingham


, perdendo contra Capablanca na primeira vez que se defrontaram desde o torneio de 1927. Pedindo desforra, Alekhine recuperou o título de campeão do mundo em 1937, conseguindo mantê-lo até à data da sua morte.
Em Janeiro de 1940 chegou a Portugal, país neutro durante a Segunda Guerra Mundial, onde impulsionou grandemente o desenvolvimento do xadrez no país. Em Maio do mesmo ano foi fundado o Grupo de Xadrez do Porto, o mais antigo da Península Ibérica no activo.
Fez várias exibições de olhos vendados, em partidas simultâneas, e conta-se que, apesar de a astúcia portuguesa tentar embriagar o xadrezista para lhe arrebatar vitórias, Alekhine deu mostras do seu valor, aconselhando os jogadores à leitura de tratados e aconselhando os mais jovens. Por força dos seus ensinamentos, a Secretaria de Estado da Educação Nacional promoveu o Xadrez à categoria de desporto intelectual em Portugal, a 16 de Setembro de 1944.
Acusado da autoria de panfletos anti-semitas, Alekhine deixou de ser convidado para a maioria dos torneios internacionais.
Alekhine faleceu a 24 de Março de 1946, no Estoril, em circunstâncias misteriosas. Algumas fontes apontam como causa provável da sua morte uma paragem cardíaca, mas conta-se que Alekhine se encontrava sentando numa poltrona do seu quarto de hotel, preparando-se para um torneio, ao mesmo tempo que ingeria uma pequena refeição. Engasgando-se com um pedaço de carne, terá encontrado assim a morte.
  Esta opção tem sido validada pelo facto de que o tabuleiro de xadrez de que Alekhine se servia ter sido encontrado intacto.
Considerado como o último romântico do xadrez e criador da célebre defesa que leva o seu nome.
1.e4 Nf6!?
2.e5 Nd5
3.Nf3 d6
onde induz as brancas a avançarem seus peões centrais ao centro e logo enfraquece-los e elimina-los.

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